quinta-feira, 27 de novembro de 2008

ENCONTRO A TRÊS

Por Daiane Pedroso.


Preciso escrever um texto... Um texto de tema livre. O que é tema livre? Seria colocar todo o meu sentimento em um texto? Pois bem... O que estou sentindo agora? Na verdade não sei bem... Talvez seja um misto de tudo. Tudo o que senti ao vê-lo, ele que disse que não ia me magoar, agindo de forma contraria às suas palavras, sim, me magoando e me cortando toda por dentro, dilacerando meu coração.
Apenas o olhei, sem expressão, apesar de surpresa, a expressão não apareceu em meu rosto. Foi a primeira vez que realmente senti algo depois do que aconteceu. Ele não agüentou meu olhar, tentou fingir que não viu, depois olhou tentando ser insensível, não conseguiu, desviou e baixou o rosto. Ela? Nem sei, não era importante a expressão dela, e, para mim, tanto faz, não a conheço mesmo, mas creio que ela me conheça, antes mesmo de eu saber quem era, ela já me olhava e analisava, nunca me importei, tanto faz como tanto fez. Queria que ele tivesse evitado esse encontro, mas ele não o fez.
Não é uma dor de amor, é uma dor inexplicável, é dor de uma traição sem ser realmente traição, me traiu com palavras, não cumpriu o que disse e isso machuca, me faz pensar que não sou importante, que não sou ninguém. Mas um dia fui alguém importante, como posso agora nada significar?
O olhar dele, olhar de culpa, olhar de quem comete um erro, e ele cometera. Isso me fez pensar muitas coisas, desejando todo o mal a ele, mas não quero mal a ele, apenas queria respeito por tudo que tivemos, foi tanto tempo, faz tão pouco tempo que acabou. Ela é tão diferente de mim, é tão comum. Combina com ele. Merecem apenas o meu desprezo.
Os homens são tão complicados, agem de formas tão diferentes, não sei o que esperar. Mas isso eu não esperava. Ficou surpreso em me ver? Ela não... Sabia exatamente meus horários. E ele caiu na armadilha, homens são tão bobos.
Já tive outros em minha vida, talvez tenha feito até mais rápido que ele, mas agi com discrição, apesar de esta característica não ser o meu forte, agi longe e onde ninguém poderia ver, em um lugar que não me lembrava ele. Mas, pelo jeito, se tivesse feito antes, depois, na frente ou não, para ele, não faria diferença. No entanto, para mim fez.
Ainda estou sozinha, ele não, foi isso que ele escolheu. Não foi bem isso que eu escolhi. Queria estar sozinha, mas ter alguém, ou “alguéns”, é tão difícil... Então sofro por isso também.

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